A exposição e a intensidade dos campos eletromagnéticos a que estamos sujeitos são dois fatores muito importantes a considerar nos possíveis efeitos na nossa saúde.
Efeitos de curta duração
Existem efeitos biológicos estabelecidos devido à exposição aguda a altos níveis (acima de 100 uT) que são explicados por mecanismos biofísicos reconhecidos. Campos magnéticos ELF externos de intensidade elevada induzem campos elétricos e correntes no corpo que causam a estimulação de nervos e músculos e mudanças na excitabilidade de células nervosas do sistema nervoso central. (Saiba mais)
Efeitos potenciais a longo prazo
Muita pesquisa científica que examinou os ricos de exposição e longo prazo a campos magnéticos ELF foi focalizada na leucemia infantil. Em 2002 a Agência Internacional de Pesquisa em Cancro (IARC na sigla em inglês) publicou uma monografia que classificou os campos magnéticos ELF como um possível carcinogénico para os humanos. Contudo, não há um mecanismo biofísico aceito que pudesse sugerir que tais exposições estejam envolvidas no desenvolvimento de cancro. Portanto, se há algum efeito da exposição a estes campos, seria através de um mecanismo biológico ainda desconhecido. Além disso, estudos com animais têm sido largamente negativos. Em suma, a evidência relacionada com leucemia infantil não é forte o suficiente para ser considerada causal.
Outros possíveis efeitos causados associados à exposição a campos magnéticos ELF incluem tipos de cancro em crianças e adultos, depressão, suicídio, distúrbios cardiovasculares, disfunções na reprodução, distúrbios no crescimento, alterações imunológicas, efeitos neuro-comportamentais e doenças neuro-degenerativas. O Grupo de Trabalho da OMS concluiu que a evidência científica associada a estes efeitos é muito mais fraca que para a leucemia infantil. Inclusive, em algumas situações (como doenças cardiovasculares e cancro da mama), a evidência sugere que estas doenças não são causadas por estes campos.